terça-feira, 3 de junho de 2014

Resenha: Will & Will - Um nome, um destino


  Sinopse:

Amor adolescente, intriga, raiva, sofrimento e amizade. Tudo isso temperado com doses maciças de comédia. Prepare-se para o universo de Will & Will. E para as pérolas de sabedoria que vão mudar a sua vida... Ou pelo menos aumentar seu número de curtidas no Facebook.

Em uma noite fria, em uma improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Um Will é amigo do mais expansivo gay da sua escola. O outro precisa explicar à própria mãe sua orientação sexual.

Mas, mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em uma aventura de proporções épicas.



 Resenha: Antes de fazer a análise do livro e falar os pontos fortes e fracos do livro, existem coisas que vocês precisam saber sobre como este livro chegou até a minha prateleira. Primeira, eu não sabia sobre o que o livro tratava exatamente; Segundo, nunca li nenhum outro livro do David Levithan para ter como base sobre a forma dele escrever; Terceiro, sou perdidamente apaixonado pelos livros do John Green e finalmente por último: não sabia que se tratava de um romance gay, o que na verdade não é o assunto principal do livro.

O último tópico do que vocês precisavam saber é super importante, porque eu particularmente nunca li um romance gay.

Como dito antes nunca li nenhum livro do David Levithan, nunca li nenhum livro escrito em uma parceria, não sei se o livro e inglês também foi escrito assim ou se foi a editora Galera que o fez. Mas o fato é que o livro é visivelmente escrito por pessoas completamente diferentes. A história pela perspectiva do Will Grayson Hétero, escrita pelo John Green, e a do Will Grayson Gay, escrita pelo David Levithan. Afirmo isso por ter lido os outros livros do John Green e conhecer o modo como ele escreve. Os capítulos escritos pelo John Green, como tudo que ele faz, contagia você desde o inicio, diferente dos capítulos escritos pelo David, que tenho que confessar só ficaram bons na reta final do livro. Mas em contra partida pode-se fazer uma análise do modo como as histórias foram contadas em relação a personalidade de cada Will. Um extremamente diferente do outro, que no final não são tão diferentes assim. Confesso também que tive um pouco de dificuldade no começo para compreender os diálogos que estavam nos capítulos do Will Gay, não estou na acostumado na realidade no modo como eles foram feitos, eu gosto do parágrafo e travessão. (Mas não sei se isso é do livro ou da editora. Eu li a versão da capa azul, se alguém leu o livro em outra versão por favor me fale se também é assim.)


Vamos a história. Como disse nos tópicos do primeiro parágrafo, eu não sabia que a história se tratava de um romance gay. Mas depois que descobri que era, achei como o nome do livro sugere, um romance entre Wills, mas não é. O foco principal da história não um romance gay, apesar de um Will ser. E se eu pudesse mudar o nome do livro, eu mudaria para Tiny Cooper. Gravem esse nome, Tiny Cooper. O melhor amigo do Will Hétero, e o cara pelo qual o Will Gay se apaixona. Tiny é uma figura presente há muito tempo na vida o Will Hétero, mas só entra na vida do Will Gay após uma “brincadeira” da sua “amiga” Maura. Maura se você for analisar é a grande desencadeadora da trama do livro, porque foi graças a brincadeira de mal gosto dela, que os Wills se encontraram, e por sequência, o Will Gay conheceu Tiny Cooper.


O livro é surpreendente engraçado, principalmente quando Tiny está presente. Surpeendente dramático quando o Will Gay está presente. E surpeendente apaixonante quando o Will Hétero esta presente.

Will Gay: Apesar do livro ser contado nas perspectiva dos Wills, as histórias deles giram em torno do Tiny. Tiny é o primeiro namorado do Will Gay, e a história deste no livro, é o desencadear de situações após o início deste namoro. O Will Gay utiliza remédios para conter sua depressão que vaza pelo livro, mora com a sua mãe (mãe a qual nas poucas partes que aparece também rouba a cena) em uma casa pobre e estuda numa escola no subúrbio. Tem poucos amigos na escola e é um típico autodepressiativo. Quando Tiny chega em sua vida, a perspectiva muda, o modo como ele vê o mundo muda um pouco e os leitores conseguiram perceber isso facilmente, pois os capítulos dele ficam muito mais legais. O livro muda.

  Will Hétero: Típico adolescente com medo dos sentimentos. E como dito por ele mesmo “Tiny é o gay, mas eu sou o sentimental.” Ele mora com os país (médicos, que nas poucas aparições também roubam a cena), é o melhor amigo do Tiny e se apaixona pela Jane, que tem um relacionamento complicado com um cara, fato o qual dificulta a vida do Will. A trama deste Will, não está muito relacionada ao seu romance com a Jane, mas sim com o fato dele se sentir reprimido na relação de amizade com o Tiny. Ele sente que tem de aguentar o Tiny que é completamente espalhafatoso e com o seu tamanho rouba e chama atenção em qualquer lugar.

Os Wills se encontram numa sex shop, o Will Gay chega lá engano pela Maura que se fingiu ser um cara e fez com que o Will se apaixonasse por ele, o Will Hétero chega na sex shop após ser barrado na entrada de um show e abandonado por Tiny e Jane com uma identidade falsa. O Will Hétero decide que não ficará com uma identidade falsa sem usa-la e entra na loja. O Will Gay vai para lá achando que é uma lanchonete e ao chegar lá e vê que é uma sex shop e já começa a desconfiar de algo, mas entra. Os dois Will se encontram lá dentro e descobrem que tem o mesmo nome WIll Grayson. E a partir deste momento de revelação as vidas deles mudam completamente. E essa mudança é relacionada advinhe por quem? Exatamente, do Tiny, a mudança aparece graças ao Tiny que troca um Wil Grayson por outro.

O grande problema do livro é que qualquer personagem co-protagonista, rouba facilmente o foco dos dois personagens principais. Principalmente Tiny Cooper. Ah, o que dizer deste personagem que acabo de conhecer e já considero tanto...


Tiny Cooper faz parte de um clube da escola, Aliança Gay-Hétero, onde a única pessoa hétero do grupo e Jane (Will não faz parte do clube), é engraçado, grande/forte/gordo, e escritor do musical Tiny Dancer. A história do musical é a vida do Tiny e a sua enorme lista de ex-namorados. O musical gera conflitos durante a história (mas para o leitor tenho certeza que irá gerar muita risada com as músicas, como por exemplo no trecho "Houve um tempo de neblina Em que eu pensei gostar de vagina" ou "Nunca mais hei de voltar À estrada heterossexual nesta vida") mas no final é uma declaração sobre amizade e amor. É como um resumo do que o livro pretendia passar. Tiny é o elo entre todos os personagens principais (os Will, Jane e seus amigos). Se eu pudesse fazer uma comparação, eu diria que o Tiny é como o Sol e os Wills o planeta Terra, para nós a Terra é o mais importante, mas sem o Sol não existiria vida. E por ter roubado o destaque do livro, eu posso até considerar o final do livro adequado.

Em suma o livro é bom, mas não é como se sua vida fosse mudar completamente após a leitura. Mas é uma leitura que pode mudar a sua vida dependendo da persperctiva. Foi um livro que me fez rir e muito. E talvez por isso eu possa até ter gostado, mas não é o tipo de livro que me faz ficar animado e falar sobre ele por horas.





"Você gosta de alguém que não pode retribuir seu amor porque é possível sobreviver ao amor não correspondido de uma forma que é impossível no caso do amor correspondido."

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