terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Resenha: O Teorema Katherine

Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Resenha: O livro mais fraco do John Green, conta a história de Colin um projeto de criança prodígio que tem um trágico histórico de ex-namoradas e todas chamadas Katherines. Colin é um personagem muito fraco e não chega aos pés de Augustus ou do Miles de Quem é você, Alasca? e diferente dos outros livros do autor, O Teorema Katherine não tem bons personagens secundários. Hassan o melhor amigo, apesar de ser interessante pelo quesito religioso e por ter algumas boas frases, não chama atenção nenhuma. Lindsay talvez seja a que se salva, pois como pessoas reais é cheia de controversas. Colin que é o personagem principal agradará de certa forma mais o público masculino do que o feminino, porque ele ele tenta refletir o que leva uma garota a dar um pé na bunda de um cara. Ele cria até uma teoria intitulada Teoria da Minimização da Rejeição (TMR): "O ato de aproximar o rosto para beijar alguém, ou de perguntar se pode beijar alguém, carrega o risco da possibilidade de rejeição; assim, a pessoa menos propensa a ser rejeitada deveria fazer a aproximação do rosto ou a pergunta. E essa pessoa, pelo menos em relacionamentos heterossexuais no ensino médio, definitivamente é a garota. Pense bem: garotos, basicamente, querem beijar garotas. Ao passo que as garotas são basicamente inconstantes quando se trata desse negócio de beijo. Às vezes elas querem dar uns pegas; às vezes, não. Elas são uma fortaleza impenetrável de incognoscibilidade, na verdade." E no meu caso em especial, outro fato de Colin que me fez gostar dele apenas um pouco, é que assim como eu, ele adorar contar histórias. 

A história do livro é chata. A evolução de Colin ao lado de Hassan e Lindsay é morna. A única coisa realmente relevante na história que seria o fato do personagem ter namorado dezenove Katherines e todas sem exceção ter terminado com ele, vira plano de fundo quando deveria ser o principal. Eu particularmente só achei legal as partes que contavam as histórias dos seus términos e o momento em que ele resolve fazer teoremas para prever quem terminará um relacionamento. E só.

O maior ponto do livro, são as notas de rodapés existentes como se fosse um livro cientifico. Se você for amante de matemática, assim como eu, irá gostar de ser apresentado aos cálculos feitos por Colin para chegar no teorema perfeito. Além disso a nota do autor é engraça onde John Green diz que é fã de matemática "falo muito disso, penso muito nisso, mas não consigo colocar isso em prática". E apresenta Daniel Biss um matemático que o ajudou a realizar os cálculos e os teoremas do livro. E temos O apêndice onde Daniel Biss explica as contas e os teoremas, é bem interessante na verdade.

Ao concluir a leitura, diferente dos outros livros do John Green, você o acha aceitável e até previsível. É uma leitura satisfatória mas não reveladora. O livro é engraçadinho e tem umas sacadas históricas e científicas inteligentes que se perdem na história colher de mel. Talvez se ele tivesse escrito de outro modo o livro eu estaria em só elogios, porém é o que temos e infelizmente me deixou a desejar.

"Je pense que je t’ aime. “Acho que gosto de você.” Ou: “Acho que amo você.” O verbo francês aimer pode significar as duas coisas. E era por isso que ele gostava dela e ao mesmo tempo a amava."

Um comentário:

  1. Olá
    Não posso falar do autor pois fujo dos livros dele como fujo da maioria dos autores do momento, daqui uns anos eu lerei algum livro dele mas agora é bem improvável.
    Geralmente livros que estouram e contem uma enorme leva de fans igual ele não me agradam.
    Abraços

    http://chacomresenha.blogspot.com.br/

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